Gosta do Mocho ou Coruja, no entanto, não sabe qual o significado deste animal, imagem ou símbolo?
O Merlim, preparou este texto a pensar em si:
Em Portugal, separam-se as espécies, por macho ou fêmea, assim o Mocho, é o Macho e Coruja a fêmea. Contudo, em alguns países, de língua inglesa, o macho e a fêmea, tem o mesmo nome, sendo assim chamados de “owls” (Mochos). Igualmente no Brasil, chama a este animal apenas de coruja, seja, macho ou fêmea.
Outra curiosidade, é que em Portugal, também costumam diferenciar o mocho, como sendo o que tem orelhas e a coruja aquela que não tem orelhas, contudo, está diferenciação, não é correta, pois há mochos (machos), sem orelhas, como corujas fêmeas, com elas.
Neste artigo ou “post” vamos falar apenas, do simbolismo do mocho, em um todo, ou seja, tanto seja macho ou fêmea.
Primeiramente, sendo uma ave noturna e como a noite, sempre foi um mistério, a coruja, está sempre relacionado com o mistério e o oculto.
Desde sempre, que se reconhece a coruja, como sendo um animal inteligente, com sabedoria e muito conhecedor do que o rodeia (daí o conhecimento). Isto, porque, por ser uma ave astuta a caçar a noite e que sabe o momento certo, para caçar e sabendo manter-se, quase invisível, para as suas presas.
Já na mitologia grega, existia a Deusa Atena (Minerva), que era a deusa da sabedoria e da guerra, por isso, em muitas imagens, vê-se a representação dela, ao lado do seu animal preferido, a coruja.
A ideia do mistério e da previsão do futuro, vem pela razão da coruja, ser uma ave com uma fantástica visão noturna, dando assim a ideia, que consegue ver, o que os outros não veem.
Ok, esta parte, pode parecer um pouco macabra, mas era mesmo assim, nos povos e costumes, das civilizações antigas.
Em quase todas as culturas antigas, existiam lendas ou costumes (e esta é, um pouco assustadora), que dizia que quem comece determinado animal, ficaria com os “dons” ou caraterísticas, do animal comido. 😨
Sendo assim, com este animal, a coruja, não era exceção, por isso, quem, come-se a carne de coruja, ficaria com os dons de previsão e sabedoria.
Igualmente, como a mocho, é um dos melhores caçadores noturnos, ainda por cima, tem aqueles olhos enormes e com a capacidade de girar o pescoço (e apenas o pescoço), a 360 graus, fez com que, fosse sempre visto, como o animal, que via mais que os outros. Tanto na escuridão ou como, aquele que está acordado, mesmo quando os outros, estão a dormir. Sendo assim, devido a estas caraterísticas, passou a ser o grande conhecedor do oculto.
Alguns povos indígenas do Brasil, acreditavam que os mochos, traziam sorte para a tribo. Igualmente, os “caboclos” (povos indígenas do Brasil), consideravam a “caburé” (nome dado, a uma pequena coruja do Brasil), como a ave da boa sorte.
A coruja, é o símbolo da cidade francesa, Dijon, onde está a Catedral de Notre Dame, que possui uma escultura de um mocho, e existe uma lenda que diz, que quem passar a mão esquerda nele (na escultura do mocho), irá ganhar mais sabedoria e felicidade.
A civilização grega, consideravam a noite, como a melhor momento, para o pensamento filosófico e conhecimento. Por isso, escolheram o mocho, para simbolizar essas caraterísticas, pois eles acreditavam, que a visão noturna do mocho, provinha de uma luz mágica.
A coruja era o símbolo da deusa Atenas, a deusa que ajudava, com sabedoria e bravura, os exércitos, na guerra. Além disso, as antigas moedas gregas (dracmas), tinham um mocho, gravado no verso.
Para os ingleses, o mocho branco, servia para prever o tempo, isto porque, quando ouviam a ave guinchar, significava que poderia vir uma tempestade ou ficar mais frio.
Igualmente, existia o costume britânico, de colocar uma imagem de um mocho na porta do cemitério, para espantar o mal, este costume, durou até o século XIX.
Na idade média, os mochos, eram associados à bruxaria e feitiçaria, por isso, dizia-se, que eram um dos animais adotados pelas bruxas. Por isso, ainda hoje, continua a ter uma conotação, de um símbolo de ocultismo ou de clarividência.
No folclore europeu, o mocho, apresenta-se como arauto da Morte, sendo o portador das más notícias.
Estes animais, também eram utilizados, para controlar pragas.
Por fim, eram adotados pelos reis, para os entreter e para os mostrar, como animais de estimação, exposição ou de coleção.
Na escrita egípcia, o símbolo do mocho, representa um unilítero (ou seja, representa a consoante) e o símbolo de “M” era usado, para escrever as palavras, que tivessem o som de “M”.
No Império romano, o mocho, era tido como um animal de azar, pois ouvir o seu pio, era presságio de morte iminente. Lendas dizem, que às mortes de Júlio César, Augusto, Aurélio e Agripa, foram sempre, anunciadas por um pio do mocho.
O mocho, para os espanhóis, simboliza sorte e quase, todas as casas, têm um. Também é vulgar ver uma imagem de um mocho, na carteira para atrair a sorte.
Em Portugal, para algumas pessoas, os mochos, ainda são um símbolo de azar (devido à descendência romana) e para outros é o símbolo de sabedoria e sorte, tanto que, em algumas faculdades, utilizam o mocho, no emblema de alguns cursos, como o de filosofia ou geologia.
Sim, existe também como signo xamânico, sendo o mocho ou a coruja. a representação do signo Mocho (22 de dezembro a 20 de janeiro), ou seja, a mesma data do signo capricórnio (talvez por este, ter como o regente, o planeta Saturno, considerado, o velho sábio).
Sonhar com Mocho ou Coruja, significa boa sorte, pois como é um símbolo de sabedoria.
Também pode indicar êxito profissional.
Igualmente sonhar com uma coruja, pode significar, além de sabedoria, pode indicar, escolhas inteligentes e dar/receber bons conselhos.
Por fim, também pode significar, que a pessoa sente a necessidade (íntima), de ver mais além, pois sente que “algo”, não está totalmente a vista e provavelmente, não está. 😉
Gosta de Mochos, já viu os mochos que temos? Veja aqui, todos os mochos que no Merlim tem.
Gostou do artigo (post)? Partilhe.
Tem dúvidas? Comente em qualquer uma, das nossas redes sociais.
Não podemos fazer entregas do dia 1/08 a 15/08 - pois estamos a participar na Viagem Medieval de S.M. da Feira. Ignorar